De acordo com a PF, Mauro Cid teria montado um esquema que beneficiou pelo menos nove pessoas, incluindo familiares do ex-presidente e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira. A ordem para falsificar os certificados teria sido decisiva para que Bolsonaro e sua filha conseguissem inserir informações falsas no sistema de saúde e assim burlar as exigências sanitárias tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos, país para o qual viajaram em dezembro de 2022.
O relatório da PF, que teve seu sigilo levantado pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, aponta que Bolsonaro agiu conscientemente para obter vantagens ilícitas por meio da falsificação dos dados de vacinação contra a covid-19. Em seu perfil em uma rede social, o advogado de Bolsonaro criticou a divulgação do indiciamento, alegando que houve vazamento de informações.
A Controladoria-Geral da União (CGU) também constatou a falsidade do registro de vacinação de Bolsonaro, que alega não ter tomado a vacina contra a covid-19. O relatório final da PF deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal para análise das evidências e eventuais denúncias.
A lista de indiciados inclui diversas pessoas acusadas de inserir dados falsos nos sistemas de informações, cometendo crimes de falsidade ideológica de documento público e associação criminosa. A investigação sobre a falsificação de certificados de vacinação contra covid-19 ainda está em andamento, e novos desdobramentos podem surgir nos próximos dias.
