Os Emirados Árabes Unidos sediaram a COP28, enquanto o Azerbaijão será o anfitrião da próxima conferência sobre mudanças climáticas, a COP29. Já o Brasil receberá a COP30 no próximo ano. A formação de uma “troika” entre essas nações visa coordenar esforços de negociação e buscar soluções alinhadas com os objetivos do Acordo de Paris de 2015.
A meta estabelecida pelo Acordo de Paris é que os países apresentem planos de redução de emissões a cada cinco anos, nas chamadas Contribuições Determinadas em Nível Nacional (NDC). A próxima etapa importante nas negociações climáticas é a terceira onda de NDC, que buscará estabelecer metas específicas visando 2035, e deverá ser concluída na COP30 em Belém, até o final de 2025.
Apesar dos compromissos atuais dos Emirados e do Brasil serem considerados insuficientes por especialistas, o Azerbaijão divulgou sua nova NDC em outubro, estabelecendo metas ambiciosas de redução de emissões. No entanto, o país ainda está distante da neutralidade de carbono, sendo bastante dependente de seus hidrocarbonetos.
Para alcançar o limite de 1,5°C, a troika formada por Brasil, Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão destaca a importância de estabelecer metas que permitam reduzir as emissões em 43% até 2030 e em 60% até 2035. Esses compromissos são fundamentais para evitar um cenário de aquecimento global descontrolado, que poderia atingir até +2,9°C até 2100, segundo projeções da ONU.
Portanto, os próximos passos desses países deverão ser acompanhados de perto, buscando novas soluções e compromissos mais ambiciosos para garantir um futuro sustentável para o planeta. Essa troika de presidências demonstra o compromisso dessas nações em lidar com a questão climática de forma conjunta e responsável.
