Rússia cria “clima de medo” e suprime identidade ucraniana em áreas ocupadas, denuncia relatório da ONU.

A Rússia tem sido acusada de criar um “clima de medo” nas áreas ocupadas da Ucrânia, onde as forças russas realizam detenções arbitrárias, tortura e tentam suprimir a identidade ucraniana, especialmente entre as crianças. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgou um relatório chocante baseado em 2.300 entrevistas com vítimas e testemunhas. Segundo o relatório, a Rússia impõe a língua, cidadania, leis, sistema judicial e programas educacionais russos, ao mesmo tempo que restringe expressões da cultura e identidade ucranianas.

Um dos pontos mais preocupantes levantados no relatório é a substituição do currículo escolar ucraniano pelo russo, a introdução de livros didáticos que justificam a invasão e o recrutamento de menores em organizações juvenis para incutir neles a expressão russa do patriotismo. Além disso, desde o início da invasão, há dois anos, as forças russas realizaram detenções arbitrárias de civis, frequentemente acompanhadas de tortura e maus-tratos, e também desaparecimentos forçados.

As repressões russas inicialmente eram direcionadas a pessoas consideradas uma ameaça à segurança, mas posteriormente foram ampliadas a qualquer pessoa considerada contrária à ocupação. As autoridades de ocupação cortaram acesso à televisão, rádio, Internet e redes móveis ucranianas, desviando o tráfego para as redes russas, permitindo que controlem a informação disponível online.

Os habitantes das zonas ocupadas são incentivados a denunciar uns aos outros, criando um ambiente de desconfiança e medo mesmo entre amigos e vizinhos. Essas práticas são uma clara violação dos direitos humanos e do direito internacional humanitário. É importante que a comunidade internacional esteja ciente dessas atrocidades e tome medidas para garantir a proteção dos direitos das pessoas afetadas pela ocupação russa na Ucrânia.

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