A pesquisa revelou que a porcentagem de água considerada ruim caiu de 16,2% para 12,1%, por outro lado, a presença de amostras com qualidade péssima aumentou de 1,9% para 2,9%. No geral, 15% das amostras de água foram classificadas como ruim ou péssima, o que as torna impróprias para diversos usos, como agricultura, indústria, abastecimento humano, entre outros.
Os dados foram obtidos por meio do programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica, que contou com a participação de aproximadamente 2,7 mil voluntários. Foram realizadas 1.101 análises em 174 pontos de 129 rios e corpos d’água em 80 municípios de 16 estados que compõem a Mata Atlântica.
O relatório, que será lançado no Dia Mundial da Água, destaca a importância de políticas públicas efetivas para a melhoria da qualidade da água, especialmente no que diz respeito à coleta e tratamento de esgoto. Gustavo Veronesi, coordenador do programa, ressaltou a necessidade de cuidar dos rios da Mata Atlântica e implementar medidas de preservação, como a manutenção de matas ciliares e nascentes.
Algumas melhorias foram identificadas, como a passagem de rios de condição regular para boa em determinadas regiões. No entanto, ainda há pontos críticos, como a presença de água péssima em alguns locais, exigindo uma atenção redobrada das autoridades e da sociedade.
Diante da emergência climática e da importância da preservação dos recursos hídricos, a SOS Mata Atlântica destaca a necessidade de constantes cuidados com os rios e a implementação de medidas para garantir o acesso de toda a população à água limpa, reforçando a importância do direito humano à água. Nesse sentido, a entidade busca o apoio do Congresso Nacional para a aprovação de emendas constitucionais que fortaleçam esse direito fundamental.
