Recife reconhece ciranda, maracatu de baque solto e maracatu de baque virado como patrimônios culturais imateriais municipais

Na última quinta-feira (21), a cidade do Recife recebeu mais um importante reconhecimento cultural, com a declaração de três manifestações como patrimônios artísticos e culturais imateriais municipais: a ciranda, o maracatu de baque solto e o maracatu de baque virado. Além disso, ficou estabelecido que o dia 12 de novembro será celebrado como o Dia Municipal do Maracatu de Baque Solto, ressaltando a relevância cultural e religiosa dessas expressões.

Mestre Manoelzinho Salustiano, figura de destaque no cenário cultural pernambucano e reconhecido pela Universidade de Pernambuco, destacou a importância do título e da data dedicada ao maracatu de baque solto, uma tradição ligada ao trabalho de seu pai. Ele ressaltou o legado deixado por Mestre Salustiano, que lutou pela preservação dessa manifestação e fundou a Associação dos Maracatus de Baque Solto, que hoje conta com mais de 100 grupos ativos em todo o estado.

O maracatu de baque solto, também conhecido como maracatu rural, possui raízes nas senzalas dos engenhos de cana-de-açúcar e nos terreiros religiosos, sendo marcado pela figura imponente do caboclo de lança. Já o maracatu de baque virado, ou maracatu nação, combina música, ancestralidade e religiosidade, características presentes em diversas manifestações culturais brasileiras.

A ciranda, por sua vez, é uma manifestação tradicional presente em vários municípios de Pernambuco, com destaque para sua expressão a partir dos anos 1960. Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan, a ciranda é marcada pela dança, música e canto, com os cirandeiros formando uma roda e acompanhando a percussão de instrumentos como o ganzá, o bombo e a caixa.

Essas declarações reforçam a riqueza cultural e o legado histórico do Recife, contribuindo para a preservação e valorização das manifestações artísticas que fazem parte da identidade do povo pernambucano. O reconhecimento dessas expressões tradicionais é fundamental para manter viva a memória e a diversidade cultural da região.

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