A intenção de Guterres ao visitar a fronteira é reafirmar o seu apelo por uma trégua humanitária, numa tentativa de conter a intervenção israelense em Rafah. Esta cidade abriga centenas de milhares de pessoas deslocadas pela guerra, vivendo em condições de extrema superlotação.
Os esforços internacionais para acabar com os combates que já tiraram a vida de 32.142 pessoas em Gaza até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde local, estão se intensificando. A população está à beira da fome e a situação tem sido descrita como uma catástrofe provocada pelo homem.
No entanto, os apelos por um cessar-fogo têm enfrentado obstáculos no Conselho de Segurança da ONU. Uma proposta de trégua imediata foi vetada pela China e Rússia, deixando em aberto a busca por alternativas para encerrar a violência.
Enquanto isso, em um cenário de crescente tensão entre Israel e os Estados Unidos, o governo israelense anunciou o confisco de 800 hectares na Cisjordânia. Esta ação foi criticada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, que a considerou contraproducente para alcançar a paz com os palestinos.
A guerra, que teve início com os ataques do Hamas em outubro, já deixou cerca de 1.160 mortos em Israel. O bloqueio imposto por Israel a Gaza tem dificultado o fluxo de ajuda humanitária, tornando a situação ainda mais crítica.
Diante desse cenário, Guterres e outros líderes mundiais tentam encontrar uma solução para conter a violência e garantir a segurança e o bem-estar das populações afetadas. Sua visita à fronteira neste sábado pode ser um passo crucial nessa direção.
