A prisão de Chiquinho Brazão gerou repercussão na Câmara dos Deputados, visto que a Constituição prevê que membros do Congresso só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Nesses casos, a detenção deve ser avaliada pela Casa respectiva, por votação da maioria de seus membros.
O Supremo Tribunal Federal (STF) comunicou a Câmara sobre a prisão em até 24 horas, seguindo os precedentes de Wilson Santiago e Daniel Silveira, onde a prisão foi apreciada na sessão seguinte. O parecer da Comissão da Constituição e Justiça (CCJ) é apresentado diretamente no plenário, e a defesa tem direito a falar em três ocasiões, com quinze minutos em cada uma delas.
Nesse contexto, a Polícia Federal também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A operação, denominada Murder Inc., tem como objetivos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, além de apurar os delitos de organização criminosa e obstrução de justiça.
A investigação ganhou destaque após a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar que teria participado dos assassinatos. A operação conjunta entre PF e Ministério Público do Rio de Janeiro visa esclarecer as circunstâncias que envolveram a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, bem como desmantelar possíveis organizações criminosas relacionadas aos crimes.