Câmara dos Deputados analisa prisão de Chiquinho Brazão, suspeito de mandar matar Marielle e Anderson Gomes, após STF notificar em 24h.

Na manhã deste domingo, a Polícia Federal realizou a prisão preventiva de três suspeitos no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Entre os detidos estão o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão, suspeitos de serem mandantes do crime, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa.

A prisão de Chiquinho Brazão gerou repercussão na Câmara dos Deputados, visto que a Constituição prevê que membros do Congresso só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Nesses casos, a detenção deve ser avaliada pela Casa respectiva, por votação da maioria de seus membros.

O Supremo Tribunal Federal (STF) comunicou a Câmara sobre a prisão em até 24 horas, seguindo os precedentes de Wilson Santiago e Daniel Silveira, onde a prisão foi apreciada na sessão seguinte. O parecer da Comissão da Constituição e Justiça (CCJ) é apresentado diretamente no plenário, e a defesa tem direito a falar em três ocasiões, com quinze minutos em cada uma delas.

Nesse contexto, a Polícia Federal também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A operação, denominada Murder Inc., tem como objetivos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, além de apurar os delitos de organização criminosa e obstrução de justiça.

A investigação ganhou destaque após a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar que teria participado dos assassinatos. A operação conjunta entre PF e Ministério Público do Rio de Janeiro visa esclarecer as circunstâncias que envolveram a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, bem como desmantelar possíveis organizações criminosas relacionadas aos crimes.

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