Ex-secretário de Segurança do RJ diz ter sido ludibriado na nomeação de chefe da Polícia Civil envolvido no caso Marielle

No contexto do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Richard Fernandez Nunes, se pronunciou sobre a prisão de Rivaldo Barbosa, acusado de participar ativamente no planejamento meticuloso das mortes e sabotagem das investigações.

Em uma entrevista à Folha de S. Paulo, o general expressou sua perplexidade diante da prisão de Barbosa e de todo o envolvimento descrito no caso. Ele revelou que se sentiu “perplexo” com a prisão e a descrição do envolvimento de Barbosa nas investigações. Era perceptível a indignação e surpresa do general com a situação, pois não havia indícios concretos na época que sinalizassem a participação de Barbosa nesse crime estapafúrdio.

Barbosa foi indicado para assumir a chefia da Polícia Civil uma semana antes dos assassinatos e assumiu o cargo na véspera do crime, com a promoção assinada pelo general Walter Braga Netto, interventor da área de Segurança Pública do Rio durante o governo Temer. No entanto, Braga Netto tentou se desvincular da escolha, afirmando que as seleções e indicações para as nomeações na Polícia Civil eram de responsabilidade exclusiva de Richard Nunes.

O general admitiu que pode ter sido ludibriado e destacou que a sociedade também pode ter sido enganada nesse caso. Após a abertura das investigações, Nunes afirmou que Barbosa e o delegado Giniton Lages estavam seguindo o caminho correto para solucionar o caso, mencionando a prisão dos executores em 2019.

O desenrolar das investigações revelou a participação de Barbosa na entrega dos executores para preservar os irmãos Brazão, apontados como mandantes das mortes de Marielle e Anderson. Lages foi afastado das funções na polícia e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Em suma, o caso Marielle Franco continua a revelar reviravoltas e detalhes perturbadores, mostrando como o sistema de segurança pública do Rio de Janeiro pode ser influenciado e manipulado por interesses escusos. A sociedade e as autoridades ainda buscam respostas e justiça para esses assassinatos chocantes.

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