Oposição venezuelana enfrenta dificuldades para registrar candidatos às eleições presidenciais em reta final de prazo.

Nas últimas horas, um cenário conturbado marcou o fim do prazo para as inscrições dos candidatos que disputarão as eleições presidenciais na Venezuela. Com o término estabelecido para as 23h59 desta segunda-feira (25), a oposição venezuelana enfrentou dificuldades para registrar seus nomes no pleito. Alegando falta de acesso ao site disponibilizado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a oposição se viu em uma situação delicada.

Corina Yoris, substituta do principal nome da oposição, María Corina Machado, reiterou em uma coletiva de imprensa que todas as tentativas de inserir os dados foram frustradas, pois o sistema estava “totalmente fechado”. O jornalista Manuel Isidro Molina, do Partido Comunista da Venezuela (PCV), também relatou dificuldades para inscrever seu nome na corrida eleitoral.

Enquanto isso, o atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, registrou sua candidatura sem contratempos, buscando um terceiro mandato consecutivo nas eleições de 28 de julho. Em um discurso emotivo durante o registro, Maduro expressou sua gratidão pelo apoio do povo e reforçou seu compromisso em conduzir a nação para um futuro promissor.

As complicações enfrentadas pela oposição durante o processo eleitoral ocorrem após uma semana de tensão, na qual integrantes da campanha de María Corina foram presos ou tiveram mandados de prisão emitidos pelo Ministério Público, sob a acusação de planejar um motim para assegurar a participação de Corina no pleito. A opositora foi inabilitada de ocupar cargos públicos por 15 anos pelo Tribunal Supremo de Justiça do país, em junho do ano passado.

Em meio a esse contexto político conturbado, a oposição teve que mudar de estratégia, substituindo María Corina por Corina Yoris. No entanto, os desafios enfrentados na reta final das inscrições dos candidatos apontam para possíveis manobras do chavismo para consolidar a vitória de Maduro nas eleições. A oposição criticou a falta de transparência no processo eleitoral, enquanto alguns governos da América Latina demonstraram preocupação com as denúncias de impedimento dos registros da oposição.

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