Durante o seminário, que acontecerá entre os dias 25 e 27 de março, Pacheco destacou a importância de debater os riscos e as oportunidades trazidas pelo uso da tecnologia para o presente e futuro da democracia. Ele ressaltou que a incorporação da tecnologia na sociedade trouxe desafios, especialmente em relação à radicalização das posições políticas.
As redes sociais foram apontadas como um ambiente propício para a polarização e a disseminação de desinformação e discursos de ódio. Manuel Castells acrescentou que as plataformas digitais ampliam os efeitos da polarização, mas não são a causa dela, nem da crise de legitimidade política. A busca por reforçar opiniões pré-estabelecidas e a formação de grupos de afinidade são fatores que contribuem para a polarização.
O professor alertou para a necessidade de regulamentação das redes, a fim de combater os efeitos negativos da polarização e garantir a estabilidade dos regimes democráticos. Ele enfatizou que a polarização está intrinsecamente ligada a crises sociais, como a globalização descontrolada e a desigualdade extrema.
Em relação aos 200 anos do Senado, a programação inclui uma Sessão Especial com representantes dos Três Poderes, além do espetáculo musical Senado 200 Anos: uma jornada histórica rumo ao futuro. O evento será realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e transmitido pela TV Senado, SescTV e diversos canais do YouTube.
Diante dos desafios apresentados no Seminário Internacional, o senador Rogério Carvalho ressaltou a importância de combater o mau uso das novas tecnologias sem impedir avanços em prol da democracia. Ele destacou a necessidade de equilíbrio nessa busca, seja no campo legislativo, de pesquisa ou em qualquer outra área de atuação.
