A crítica de Hirata foi embasada em eventos recentes, como as prisões de quatro chefes da Polícia Civil do Rio nos últimos 16 anos, incluindo o mais recente, Rivaldo Barbosa, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O pesquisador ressaltou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem enfrentado uma série de problemas, incluindo a militarização excessiva e as conexões duvidosas com o crime organizado.
O coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes, também se pronunciou, enfatizando que as prisões realizadas no domingo em relação ao caso Marielle revelam a grave situação de deterioração institucional no Rio de Janeiro. Ele apontou que a Polícia Civil tem sido alvo de constantes questionamentos e suspeitas em relação ao seu trabalho de investigação.
Nunes alertou para a necessidade de uma reforma profunda nas instituições policiais do estado e criticou a conivência do Ministério Público com os desvios de conduta. Segundo ele, o Rio de Janeiro só conseguirá melhorar a segurança pública e garantir os direitos dos cidadãos se passar por uma refundação das polícias. A Corregedoria-Geral de Polícia Civil informou que está conduzindo investigações sobre a conduta dos delegados envolvidos e garantiu que seguirá o rito legal em cada caso.
Diante do cenário de crise nas instituições de segurança pública do Rio de Janeiro, a sociedade aguarda medidas efetivas para combater a corrupção e a violência, garantindo assim a segurança e a justiça para todos os cidadãos.