No início da manhã de hoje (25), foi realizada uma medição que identificou que a qualidade do ar atingiu 221.3 µg/m³ (por metro cúbico), quando o índice ideal deveria estar entre 0 e 160 µg/m³. No dia anterior (24), Boa Vista chegou a registrar 334.5 µg/m3, conforme os dados da plataforma de monitoramento em tempo real que acompanha as queimadas e a qualidade do ar na região amazônica.
No último domingo (24), a cidade estava encoberta por uma densa nuvem de fumaça, proveniente de focos de incêndio tanto em Roraima quanto em países vizinhos, como Guiana, Suriname e Venezuela. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente no mês de março foram registrados 1.312 focos de incêndio, sendo que o recorde em 2019 foi de 2.433 focos.
Além disso, dados dos satélites do INPE apontaram que a Guiana registrou 490 focos de incêndio em março, superando o recorde de 2003. Já o Suriname e a Venezuela tiveram 101 e 9.702 focos de incêndio, respectivamente, durante o mesmo período.
Para a tarde desta segunda-feira, o INPE emitiu um alerta de perigo potencial para o estado de Roraima, com previsão de chuvas intensas, ventos fortes e riscos de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. O alerta vale até amanhã (26), especialmente para a região sul de Roraima.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades locais e a população de Boa Vista devem estar atentas e adotar medidas de precaução para minimizar os impactos causados pela baixa qualidade do ar e os riscos associados aos incêndios na região.