No entanto, mesmo com essa crítica, o governo venezuelano agradeceu às “expressões de solidariedade” do presidente Lula. O comunicado ressaltou a postura adotada pelo governo venezuelano, fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações amistosas com o Brasil. Além disso, destacou a importância de respeitar o princípio da não ingerência nos assuntos internos e na democracia venezuelana.
O governo venezuelano afirmou que as eleições marcadas para o dia 28 de julho serão realizadas de forma bem-sucedida e sem intervenção estrangeira. Mesmo com as críticas, a Venezuela agradeceu as manifestações de apoio do presidente Lula, que condenou as sanções impostas pelos Estados Unidos ao povo venezuelano.
O comunicado brasileiro foi o primeiro a adotar uma postura contundente em relação ao processo eleitoral venezuelano, especialmente após a decisão do Conselho Nacional Eleitoral de impedir a inscrição da candidata Corina Yoris. O Itamaraty considerou essa decisão incompatível com os acordos de Barbados.
Além disso, o governo venezuelano manifestou-se contrariamente ao posicionamento do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, que instou tanto o governo quanto setores da oposição a respeitarem os acordos de Barbados. O chanceler venezuelano alertou para possíveis interferências externas em assuntos domésticos.