Justiça britânica pede aos EUA novas garantias sobre Assange antes de decisão final de extradição, incluindo proteção à liberdade de expressão.

A Justiça britânica solicitou aos Estados Unidos, em decisão divulgada nesta terça-feira (26), que forneçam novas garantias sobre o tratamento que seria dado a Julian Assange caso seja extraditado para o país. Os juízes deram um prazo de três semanas para que as autoridades americanas garantam que Assange teria direito à proteção da Primeira Emenda da Constituição, que assegura a liberdade de expressão, e que não seria sentenciado à pena de morte.

O fundador do Wikileaks é alvo de um processo de extradição pelos Estados Unidos, que desejam julgá-lo pelo vazamento de documentos confidenciais relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Após a apresentação de diversos recursos para evitar a extradição, os juízes em Londres reconheceram que Assange tem “uma perspectiva real de sucesso” em três dos nove motivos de apelação.

Os juízes Victoria Sharp e Jeremy Johnson deram a Washington três semanas para apresentar as garantias solicitadas, a fim de assegurar que Assange não seria prejudicado por não ser cidadão americano e que não enfrentaria a pena de morte caso fosse condenado. Caso essas garantias não sejam fornecidas, a permissão para recorrer será concedida sem a realização de uma nova audiência.

Julian Assange está detido em uma prisão de alta segurança em Londres desde 2019. Caso perca a apelação, terá esgotado todos os recursos no Reino Unido e estará pronto para iniciar o processo de extradição. A saga jurídica do fundador do Wikileaks envolve uma série de batalhas legais e controvérsias em torno do direito à liberdade de imprensa e de expressão.

O processo de extradição de Assange ganhou destaque mundial e provocou debates sobre a proteção de ativistas e jornalistas que divulgam informações confidenciais. A expectativa agora é aguardar as novas garantias solicitadas pelas autoridades americanas e ver como o caso irá se desdobrar nos próximos dias.

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