O fundador do Wikileaks é alvo de um processo de extradição pelos Estados Unidos, que desejam julgá-lo pelo vazamento de documentos confidenciais relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Após a apresentação de diversos recursos para evitar a extradição, os juízes em Londres reconheceram que Assange tem “uma perspectiva real de sucesso” em três dos nove motivos de apelação.
Os juízes Victoria Sharp e Jeremy Johnson deram a Washington três semanas para apresentar as garantias solicitadas, a fim de assegurar que Assange não seria prejudicado por não ser cidadão americano e que não enfrentaria a pena de morte caso fosse condenado. Caso essas garantias não sejam fornecidas, a permissão para recorrer será concedida sem a realização de uma nova audiência.
Julian Assange está detido em uma prisão de alta segurança em Londres desde 2019. Caso perca a apelação, terá esgotado todos os recursos no Reino Unido e estará pronto para iniciar o processo de extradição. A saga jurídica do fundador do Wikileaks envolve uma série de batalhas legais e controvérsias em torno do direito à liberdade de imprensa e de expressão.
O processo de extradição de Assange ganhou destaque mundial e provocou debates sobre a proteção de ativistas e jornalistas que divulgam informações confidenciais. A expectativa agora é aguardar as novas garantias solicitadas pelas autoridades americanas e ver como o caso irá se desdobrar nos próximos dias.