Israel intensifica bombardeio em Gaza e troca ataques com Hezbollah; mortos chegam a oito em conflito na fronteira.

Israel mantém ofensiva na Faixa de Gaza, ignorando as pressões internacionais

Na noite da última terça-feira, Israel realizou um intenso bombardeio no sul da Faixa de Gaza, em meio a apelos internacionais por um cessar-fogo na região. A ofensiva israelense também se estendeu a um hospital no norte do enclave, que já dura quase duas semanas. Os ataques ocorreram simultaneamente a uma troca de bombardeios e foguetes com o grupo Hezbollah, na fronteira com o Líbano, que resultou na morte de oito pessoas.

Repórteres da agência AFP testemunharam uma bola de fogo iluminando o céu da cidade de Rafah, no sul de Gaza, durante a noite de terça-feira. Este foi um dos raros centros urbanos do enclave que ainda não havia sofrido ação dos soldados israelenses. Cerca de 1,5 milhão de pessoas estão aglomeradas na região, buscando escapar dos bombardeios.

Enquanto isso, na Cidade de Gaza, no norte, testemunhas relataram explosões e nuvens de fumaça devido aos ataques israelenses ao principal hospital da região, o Al-Shifa. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, reportou que 66 pessoas perderam a vida durante a noite, incluindo três vítimas dos bombardeios em Rafah.

As forças israelenses também cercaram dois hospitais em Khan Yunis, onde recentemente 12 pessoas, incluindo crianças, perderam a vida em um bombardeio contra um campo de deslocados. O Crescente Vermelho Palestino alertou sobre a situação perigosa de milhares de pessoas presas no hospital Nasser de Khan Yunis.

Os combates persistem há dois dias, mesmo depois da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação de reféns israelenses em Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, criticou a resolução e prometeu continuar com a guerra, alegando que o Hamas foi encorajado pela medida.

Na fronteira com o Líbano, um ataque aéreo israelense atingiu um centro paramédico ligado a um grupo muçulmano sunita, resultando na morte de sete voluntários. Em retaliação, o Hezbollah lançou dezenas de foguetes contra uma base militar em Israel, causando a morte de um civil.

A escalada do conflito na região preocupa, uma vez que Israel tem estado ativa nos últimos cinco meses desde o início da guerra com o Hamas em Gaza. A violência parece longe de cessar, enquanto as tensões entre Israel, Estados Unidos e o Oriente Médio continuam em um impasse.

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