O recorde mensal histórico de vendas do Tesouro Direto ocorreu em março do ano passado, atingindo R$ 6,842 bilhões. No entanto, em fevereiro deste ano, houve certa instabilidade no mercado financeiro global, o que impactou o interesse de alguns investidores.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic, representando 64,8% do total das vendas. Os títulos vinculados à inflação corresponderam a 22,4%, enquanto os prefixados foram 8,8%. Novos títulos como o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+ têm tido participações menores nas vendas, com 2,9% e 1,1% respectivamente.
A Taxa Selic em patamares elevados tem atraído investidores para os papéis vinculados a essa taxa. Mesmo com as recentes reduções nos juros básicos, que estão em 10,75% ao ano, as taxas continuam sendo atrativas. O estoque total do Tesouro Direto teve um aumento de 1,04% em relação ao mês anterior, alcançando R$ 131,459 bilhões no fim de fevereiro.
O número de investidores no programa cresceu, com 324,8 mil novos participantes se cadastrando no último mês. O total de investidores atingiu 27.711.491, com um aumento de 18,7% nos últimos 12 meses. O perfil dos investidores mostra uma preferência por papéis de médio prazo, representando 30,9% do total das vendas.
O Tesouro Direto, criado em 2002, tem como objetivo popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional. A venda de títulos é uma forma do governo captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos, oferecendo aos investidores retornos que podem variar de acordo com diferentes indicadores econômicos.
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível no site do Tesouro Transparente, e mais informações sobre o programa podem ser obtidas no site oficial do Tesouro Direto.