O corpo de Rosa, de 47 anos, apresentava sinais de violência, conforme relatou o Movimento Salvadorenho de Mulheres (MSM), organização da qual a vítima fazia parte. Este trágico desfecho foi confirmado na quarta-feira, após denúncia do desaparecimento na terça-feira.
O MSM e os familiares de Rosa haviam comunicado seu sumiço às autoridades locais, porém, até o momento, não houve um pronunciamento oficial sobre o caso por parte das autoridades salvadorenhas. A diretora do movimento, Ana Isabel López, expressou a exigência por justiça, pedindo que os responsáveis pela morte de Rosa sejam devidamente identificados.
O Movimento Salvadorenho de Mulheres foi fundado em 1988, durante os anos de repressão das forças militares na guerra civil salvadorenha (1980-1992), com o intuito de auxiliar mulheres que sofriam violências. Após o término do conflito, a organização passou a focar na promoção dos direitos das mulheres e na luta contra a violência de gênero.
Vale ressaltar que El Salvador atravessa um período de regime de exceção de dois anos, apontado por entidades de direitos humanos como controverso. Esta medida faz parte da estratégia do presidente Nayib Bukele para combater a violência das gangues no país.
A morte de Rosa Elvira Flores evidencia a persistência dos desafios enfrentados pelas mulheres e a necessidade de uma atuação efetiva para combater tais violências. A sociedade salvadorenha clama por justiça e por medidas que assegurem a proteção e os direitos das mulheres em todo o país.
