Autoridade eleitoral venezuelana acusa EUA de tentar “desprestigiar” eleições presidenciais em 28 de julho

As eleições presidenciais na Venezuela estão marcadas para o dia 28 de julho e têm gerado polêmica internacionalmente. A autoridade eleitoral do país, que é de viés governista, acusou os Estados Unidos de tentar “desprestigiar” o processo eleitoral ao questionarem a legitimidade das eleições.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano repudiou veementemente as críticas do Departamento de Estado americano, classificando-as como “insolentes e falsas”. Segundo o CNE, o objetivo dos Estados Unidos é descreditar uma das instituições mais sólidas da democracia venezuelana.

A Chancelaria venezuelana também se pronunciou contra as declarações dos Estados Unidos, afirmando que o país norte-americano busca não reconhecer o processo eleitoral no qual o presidente Nicolás Maduro tenta a reeleição. Em 2018, os Estados Unidos consideraram as eleições venezuelanas fraudulentas e aumentaram as sanções contra o governo de Caracas.

O Departamento de Estado americano, por sua vez, condenou o impedimento à inscrição de algumas candidaturas da oposição, como no caso da candidata Corina Yoris, cujo registro foi bloqueado. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que a aceitação apenas de candidatos da oposição, considerados confortáveis para Maduro, vai contra a realização de eleições competitivas e inclusivas.

Os Estados Unidos alertaram que, caso as eleições na Venezuela não sejam livres e justas, haverá consequências, incluindo uma possível reversão das sanções flexibilizadas anteriormente. Ao todo, 13 candidatos se inscreveram para as eleições presidenciais, incluindo o presidente Maduro, opositores e antigas lideranças consideradas “alacranes” pela oposição tradicional.

A tensão política e a desconfiança internacional em relação ao processo eleitoral na Venezuela permanecem, e o país segue dividido entre apoiadores do governo e da oposição. A comunidade internacional segue de perto os desdobramentos das eleições, diante das acusações de irregularidades e falta de transparência no processo.

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