Mercado de trabalho formal tem saldo positivo de mais de 300 mil carteiras assinadas em fevereiro, segundo dados do Caged.

O mercado de trabalho formal no Brasil teve um desempenho surpreendente em fevereiro, com a criação de 306.111 carteiras assinadas, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. Esse resultado representa um grande salto em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 252.451 vagas com carteira assinada.

O saldo positivo de empregos formais em fevereiro foi impulsionado por 2.249.070 admissões e 1.942.959 demissões, marcando um aumento significativo de 21,2% em comparação com o ano anterior. Especialistas já estão levantando a possibilidade de o Banco Central desacelerar o ritmo de corte da taxa básica de juros devido ao aquecimento do mercado de trabalho. No entanto, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticou essa estratégia, chamando-a de “burra”.

O setor de serviços foi o principal responsável pelo saldo positivo de empregos, com a criação de 193.127 postos formais, seguido pela indústria geral com 54.448 vagas e a construção civil com 35.053 vagas. O comércio e a agropecuária também apresentaram números positivos, contribuindo para o cenário otimista do mercado de trabalho.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2024, o saldo do Caged já é positivo em 474.614 vagas, superando o mesmo período do ano passado. O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada ficou em R$ 2.082,79, representando um recuo de 2,36% em relação a janeiro.

Apesar dos números favoráveis, o ministro do Trabalho criticou a postura do Banco Central em relação ao crescimento da massa salarial e seus efeitos na inflação, enfatizando a importância da colaboração da autoridade monetária para a redução dos juros e o estímulo à economia. A expectativa é que o mercado de trabalho brasileiro continue aquecido nos próximos meses, impulsionando a recuperação econômica do país.

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