Em comunicado, o CNE afirmou repudiar veementemente as acusações do Departamento de Estado, qualificando-as de insolentes e falsas. O órgão alegou que tais questionamentos visam desacreditar uma das instituições mais sólidas da democracia venezuelana. Além disso, a Chancelaria venezuelana se manifestou na mesma linha, acusando os EUA de tentar deslegitimar o processo eleitoral no qual Maduro busca a reeleição.
Na quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA condenou o bloqueio à inscrição de candidatos da oposição às eleições, após o impedimento do registro de Yoris. O porta-voz do departamento, Matthew Miller, afirmou que a aceitação apenas dos candidatos da oposição com os quais Maduro se sente confortável vai contra a realização de eleições competitivas e inclusivas.
Ao todo, foram inscritos 13 candidatos, incluindo Maduro, opositores e lideranças antichavistas. As circunstâncias que levaram ao bloqueio da candidatura de Yoris, indicada por María Corina Machado, ainda não foram esclarecidas. A oposição acabou inscrevendo, provisoriamente, Edmundo González Urrutia e Manuel Rosales no último minuto.
A comunidade internacional, liderada pelos EUA, tem demonstrado preocupação com a transparência e a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela. A interferência estrangeira e a polêmica em torno das inscrições de candidatos intensificaram as tensões políticas no país, que se preparam para uma disputa presidencial acirrada.