Mãe de seis filhos é morta com tiro na cabeça em Santos: família contesta versão da polícia após confronto.

Na última quarta-feira, uma tragédia abalou Santos, no litoral paulista. Uma mulher de 31 anos, mãe de seis filhos, perdeu a vida após ser atingida por um tiro na cabeça. A Secretaria de Segurança Pública alega que o falecimento ocorreu durante um confronto entre policiais militares e criminosos. No entanto, familiares e amigos contestam essa versão e afirmam que ela foi vítima de disparos enquanto três motos da PM patrulhavam a região.

Edneia Fernandes Silva, uma cabeleireira conhecida na região, foi baleada na Praça José Lamacchia, em Mangue Seco. Após o incidente, ela foi levada para a UPA Zona Noroeste e posteriormente transferida para a Santa Casa de Santos. Apesar dos esforços de parentes e conhecidos, que se mobilizaram nas redes sociais pedindo doações de sangue, infelizmente ela não resistiu e veio a óbito no dia seguinte.

Segundo relatos da SSP, os policiais militares estavam patrulhando a região quando se depararam com dois homens em uma moto em alta velocidade, que ignoraram a ordem de parada. Nesse momento, a equipe da Rocam interveio, resultando em um confronto que culminou com a fatalidade. Os suspeitos conseguiram fugir e ainda não foram identificados, porém a motocicleta envolvida no incidente foi apreendida.

Uma amiga da vítima prestou um relato diferente, afirmando que estavam juntas na praça quando um disparo ecoou pelo local. Ela conta que, ao tentar buscar abrigo, percebeu que Edneia estava caída. Segundo essa testemunha, não houve nenhum confronto entre bandidos e policiais no momento do ocorrido. O caso foi encaminhado para investigação no 5º DP de Santos.

Este trágico episódio se soma a uma série de eventos violentos na região da Baixada Santista, que nos últimos 54 dias registrou um total de 55 mortes. Apesar disso, a SSP nega que a morte de Edneia faça parte da Operação Verão em andamento. A pressão da população e de entidades de direitos humanos tem intensificado o debate sobre a atuação policial na região, com pedidos de transparência e responsabilização por eventuais violações de direitos.

Dessa forma, a investigação sobre a morte de Edneia Fernandes Silva permanece em curso, enquanto a comunidade local clama por justiça e por um controle mais rigoroso sobre as ações policiais na região. A tragédia acende um alerta sobre a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e humanitária por parte das autoridades, visando a proteção da vida e dos direitos dos cidadãos.

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