BNDES aprova financiamento de R$ 729,7 milhões para construção de fábrica de etanol e farelo em Passo Fundo, RS, liderada pela Be8.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 729,7 milhões para a Be8, empresa líder nacional na produção de biodiesel. Esse investimento será utilizado para a construção de uma fábrica de etanol e farelo em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A usina será capaz de processar cereais como trigo, triticale e milho, para a produção de etanol e farelo, com uma capacidade de produção de 209 milhões de litros por ano.

Esse projeto representa uma importante iniciativa no setor de biocombustíveis, contribuindo para a transição energética e para a inovação na indústria, tornando-a mais verde e sustentável. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do Brasil nesse contexto e ressaltou o papel central do país na execução de projetos voltados para a bioeconomia.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, enfatizou que o projeto da Be8 incorpora elementos fundamentais da nova política industrial, proposta pelo presidente Lula. Além disso, ele ressaltou a utilização de novas matérias-primas, como o trigo, e a preocupação com a redução na emissão de poluentes na atmosfera.

O presidente da Be8, Erasmo Carlos Batistella, destacou a importância do financiamento do Programa BNDES Mais Inovação para o reconhecimento do investimento como uma iniciativa arrojada e inovadora. Ele ressaltou que o projeto trará benefícios não apenas para a produção de biocombustíveis, mas também para a oferta de farelo e o desenvolvimento de tecnologia genética para a produção de trigo específico para o etanol.

Com a implementação do projeto, a Be8 prevê a geração de cerca de 220 empregos diretos na fase de operação da fábrica, além de 700 empregos durante a fase de implantação. A empresa dará preferência à contratação de mão de obra local, promovendo o treinamento e a capacitação especializada para a manutenção e operação da unidade.

Além disso, a fábrica terá autoprodução de energia elétrica, por meio da cogeração a partir de biomassa, e a energia excedente será disponibilizada na rede de distribuição do município. A preocupação com a sustentabilidade é evidente, uma vez que não haverá lançamento de efluentes líquidos, que serão reutilizados no processo produtivo. Este projeto da Be8 representa um importante avanço para a indústria de biocombustíveis e para a economia local.

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