Após ser baleado durante o episódio do sequestro, Bruno Lima da Costa estava em estado grave e precisou passar por cirurgia com três equipes médicas, recebendo seis bolsas de sangue para auxiliar em sua recuperação. O crime ocorreu quando o sequestrador, Paulo Sérgio de Lima, suspeitou que estava sendo seguido por policiais e tentou entregar sua arma a um passageiro na plataforma de embarque da rodoviária Novo Rio, no centro da cidade.
Ao ver a arma, Bruno Lima da Costa se assustou e começou a correr, momento em que Paulo disparou três tiros em sua direção, deixando-o gravemente ferido, e atingindo também outro passageiro com estilhaços da bala. O criminoso, então, rendeu os 16 passageiros que já estavam dentro do ônibus da Viação Sampaio, que seguia para Juiz de Fora, em Minas Gerais.
A ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foi acionada para negociar com o sequestrador, que posteriormente se entregou, culminando na liberação dos reféns e na prisão do criminoso. Paulo Sérgio de Lima afirmou às autoridades que era organizador do tráfico na favela da Muzema e que fugiu para Juiz de Fora após ter desavenças com traficantes locais.
A polícia investiga o caso e o sequestrador poderá responder por tentativa de homicídio qualificado, sequestro, cárcere privado e porte de arma de fogo de uso restrito, além de seu envolvimento com o tráfico, segundo sua própria declaração. O episódio do sequestro do ônibus na rodoviária do Rio de Janeiro gerou grande comoção e preocupação na população, mas terminou de forma relativamente pacífica, sem vítimas fatais, além dos passageiros feridos.