O presidente do Conselho de Ministros, Gustavo Adrianzén, apresentou a política geral de sua gestão ao Parlamento unicameral, destacando a necessidade de confiança para iniciar as grandes tarefas esperadas pelo povo peruano. Em um discurso de 105 minutos, Adrianzén prometeu um governo transparente e comprometido em combater a corrupção, além de focar na retomada econômica, ordem pública e segurança.
O governo de Boluarte chega fragilizado a esta votação devido ao Rolexgate, um caso de suposto enriquecimento ilícito envolvendo a presidente. O escândalo resultou na substituição de seis ministros do governo de Adrianzén, que está no cargo desde março.
Apesar da impopularidade e baixa aprovação do governo, Boluarte conta com o apoio de grupos parlamentares que representam a maioria no Congresso. A direita, que domina o parlamento, pretende garantir a governabilidade ao votar a favor do governo, evitando assim a convocação de eleições antecipadas.
A investigação sobre o caso dos relógios de luxo e joias não declaradas por Boluarte segue em andamento, trazendo incerteza sobre seu futuro político. Enfrentando pedidos de impeachment e acusações de genocídio, a presidente peruana está em uma situação delicada.
Com Boluarte, o Peru se torna mais um país latino-americano afetado por escândalos de corrupção envolvendo seus líderes. A instabilidade política se soma aos desafios econômicos e sociais enfrentados pelo país, gerando incertezas sobre o futuro da governança peruana.