O Ciedde, segundo informações do TSE, irá promover cooperações entre a Justiça Eleitoral, órgãos públicos e entidades privadas, contando também com a participação de plataformas de redes sociais e serviços de mensagens instantâneas privadas durante as eleições municipais de 2024. A preocupação central do grupo é a utilização indevida da inteligência artificial, especialmente na criação de vídeos falsos com a voz e a imagem de personalidades públicas.
Para lidar com esse desafio, o Ciedde estabelecerá uma rede de comunicação em tempo real com os 27 tribunais regionais eleitorais (TREs) e desenvolverá campanhas educativas contra a desinformação, discursos de ódio e antidemocráticos. Além disso, irá promover a defesa da democracia e da Justiça Eleitoral.
Durante a cerimônia de assinatura do acordo que incluiu a PF e a AGU no grupo, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou a contribuição significativa que a PF poderá oferecer com sua experiência na área cibernética, tanto na prevenção quanto na repressão imediata quando necessário. Já a AGU será o braço jurídico do Ciedde, para garantir o cumprimento das resoluções e determinações do TSE.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, ressaltou a importância do combate à desinformação para a preservação da democracia. Ele destacou a gravidade da disseminação de informações falsas e de ódio programado, que podem influenciar de forma negativa as eleições e a sociedade como um todo. Messias ressaltou a necessidade de profissionalização e equipamento adequado por parte do Estado brasileiro para combater essas práticas.
Diante do cenário de ascensão das ferramentas desinformativas, é fundamental que ações como a do Ciedde sejam implementadas de forma efetiva para proteger a integridade das eleições e da democracia, garantindo assim um ambiente eleitoral mais justo e transparente.