O Ministro da Segurança, Gustavo Sánchez, revelou que o casal recebia mensalmente uma quantia em dinheiro e um veículo automotor em troca da permissão para que o acusado abusasse da criança. O crime ocorreu na comunidade de Jutiapa, situada a cerca de 80 km a leste da capital, Tegucigalpa.
Os três acusados foram presos preventivamente e são considerados responsáveis pelos crimes de estupro continuado contra a menor. O porta-voz da Secretaria da Infância, Yahdai Varela, confirmou que a menina está sob a proteção do Estado.
O caso gerou grande comoção na sociedade hondurenha, especialmente considerando o histórico de violência contra mulheres no país. De acordo com o Observatório da Violência da Universidade Nacional Autônoma de Honduras, o país é considerado o “mais perigoso” da América Latina para as mulheres, com um aumento nos casos de feminicídio de ano para ano.
Em 2023, foram registrados 380 feminicídios, um número alarmante que evidencia a urgência de medidas para combater a violência de gênero em Honduras. A sociedade civil e as autoridades precisam unir esforços para garantir a proteção das mulheres e crianças vulneráveis e punir de forma exemplar os responsáveis por esses crimes bárbaros. A menina abusada nesse caso lamentável merece justiça e apoio para se recuperar desse trauma inimaginável.