Fundador da Confederação de Tiro e Caça do Brasil é alvo de busca da Polícia Federal em operação contra tráfico de armas.

O fundador da Confederação de Tiro e Caça do Brasil, Fernando Humberto Henrique Fernandes, foi alvo de busca e apreensão em uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta-feira (4). A PF investiga uma quadrilha suspeita de traficar armas de fogo entre o Brasil e os Estados Unidos, e Fernando Humberto estava entre os investigados.

Em 2020, Fernando Humberto foi testemunha de defesa do ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL). No entanto, ele não compareceu ao tribunal como mandado pela Justiça, estando foragido desde 2015, quando foi condenado a um ano e quatro meses de prisão pelo crime de calúnia.

A operação da PF resultou em seis mandados de busca e apreensão na capital carioca e nas cidades paranaenses de Curitiba e Maringá. A suspeita é de que o grupo investigado também realizava um comércio clandestino de materiais bélicos para facções criminosas e milícias do Rio de Janeiro. Segundo fontes da PF, Fernando Humberto teria sido apontado como o intermediador do tráfico internacional.

A Confederação de Tiro e Caça do Brasil (CTCB), fundada por Fernando Humberto, reúne clubes de atiradores credenciados e é responsável por cadastrar clubes e organizar competições de tiro. A PF iniciou a investigação a partir de informações da Receita Federal, que indicaram a importação irregular de armamentos pela quadrilha e o armazenamento dos mesmos em uma empresa de efeitos cinematográficos.

Durante a operação, foram apreendidas 34 armas de fogo no Rio de Janeiro e diversos acessórios e carregadores de armas no Paraná. O advogado de Fernando Humberto, Ary Brandão de Oliveira, afirmou que seu cliente possui autorização do governo dos Estados Unidos para o comércio de armas entre os dois países e que estava nos EUA durante a operação da PF.

É importante ressaltar que Fernando Humberto segue foragido da Justiça desde sua condenação em 2015. Mesmo assim, ele tem se envolvido em casos judiciais polêmicos, como o testemunho de defesa a favor de Ronnie Lessa, acusado de ser o executor da vereadora Marielle Franco. As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os aspectos relacionados ao tráfico de armas envolvendo a quadrilha suspeita.

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