Mais de dois milhões de pessoas podem ser afetadas pela paralisação do sistema de abastecimento de água, e moradores de diferentes bairros de Niterói já estão relatando falta d’água. Técnicos da Cedae, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) conseguiram identificar o ponto exato do vazamento, localizado no Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.
A previsão é de que o restabelecimento do sistema comece a ser normalizado ainda hoje. A investigação policial para identificar os responsáveis pelo crime ambiental está em andamento, com a aplicação de multas que podem chegar a R$ 50 milhões. O secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou o compromisso de resolver o caso e garantir a segurança da população.
A agilidade na identificação do vazamento foi crucial para evitar a contaminação das residências das pessoas que recebem água tratada do Sistema Imunana-Laranjal. Técnicos continuam mapeando e percorrendo as margens dos rios com o apoio de recursos como helicópteros, drones e embarcações.
A concessionária Águas de Niterói comunicou que o abastecimento na cidade permanece suspenso e não há previsão de retorno. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou informações da Cedae sobre as medidas adotadas diante da presença do poluente químico no manancial de captação de água, assim como do Inea sobre as ações de fiscalização e investigação em curso.
O tolueno é um componente utilizado na fabricação de gasolina e em diversos produtos do cotidiano, como solventes, colas, tintas e borrachas. Sua inalação ou ingestão pode causar sérios danos à saúde. A força-tarefa continua empenhada em solucionar o problema e garantir a qualidade da água distribuída à população.
