Conselho de Direitos Humanos da ONU exige interrupção da venda de armas a Israel em meio a violações em Gaza.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU tomou uma decisão histórica nesta sexta-feira (5), ao exigir a interrupção da venda de armas a Israel. Essa resolução foi motivada pelo alerta sobre o risco de novas violações do direito humanitário internacional e de direitos humanos em Gaza, onde mais de 33 mil palestinos perderam a vida desde outubro. Esse cenário começou quando Israel declarou guerra ao Hamas logo após o atentado de 7 de outubro.

A resolução foi aprovada com 28 votos a favor, sendo seis contra – entre eles Estados Unidos e Alemanha – e 13 abstenções, incluindo França, Índia e Japão. A embaixadora de Israel no CDH, Meirav Shahar, afirmou que “um voto a favor é um voto em favor do Hamas”, enquanto o representante palestino na organização, Ibrahim Mohammad Khraishi, acusou Israel de genocídio em Gaza.

A resolução, apresentada pelo Paquistão e apoiada por Bolívia, Cuba e Autoridade Palestina, foi alterada para evitar a menção direta ao genocídio, mas ainda assim expressa grave preocupação com as violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário. Além disso, exige que Israel termine a ocupação do território palestino na fronteira de 1967, incluindo Jerusalém Oriental, e suspenda imediatamente o bloqueio à Faixa de Gaza.

O Conselho de Segurança da ONU já havia feito um apelo por um cessar-fogo, que não impactou a situação no terreno. Israel, por sua vez, acusa o Conselho de Direitos Humanos da ONU de ter posições tendenciosas há muito tempo. A resolução aprovada neste 5 de outubro não menciona o Hamas diretamente, mas condena os ataques contra civis e exige a libertação imediata de reféns e prisioneiros.

A medida é vista como um marco no posicionamento da ONU em relação ao conflito entre Israel e Palestina, sinalizando uma preocupação mundial com os direitos humanos e a segurança na região. Espera-se que essa resolução tenha um impacto significativo na busca por uma solução pacífica e duradoura para o conflito histórico na região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo