A viagem ocorre em meio a uma relação tensa entre Israel e os Estados Unidos devido ao conflito em Gaza, onde Israel tem conduzido uma ofensiva contra o movimento palestino Hamas. As tensões se intensificaram após um ataque de combatentes islamitas em território israelense no dia 7 de outubro. Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, mantiveram seu apoio ao longo dos seis meses de conflito, que resultou na morte de 33.137 pessoas em Gaza, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
A pressão internacional sobre o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem aumentado devido à morte de civis e à fome enfrentada pelos habitantes do território sitiado. O bombardeio que resultou na morte de sete trabalhadores humanitários na última semana também gerou atritos com os Estados Unidos.
O presidente Joe Biden conversou com Netanyahu e pediu um “cessar-fogo imediato” após classificar o ataque aos voluntários como “inaceitável”. Além disso, Biden alertou que o apoio dos Estados Unidos dependerá das medidas adotadas por Israel para proteger os civis palestinos. Antes das mortes dos trabalhadores humanitários, os EUA já haviam manifestado preocupações com o plano de Netanyahu de lançar uma ofensiva terrestre contra Rafah, cidade no sul de Gaza com grande concentração de civis deslocados.
Diante desse cenário delicado, a visita de Yair Lapid a Washington desperta expectativas sobre as negociações entre Israel e os Estados Unidos, em meio a uma situação de conflito que preocupa a comunidade internacional. A repercussão desses encontros deve influenciar o desenrolar do conflito em Gaza e as relações entre os dois países nas próximas semanas.