Enchentes atípicas danificam mais de 10 mil edifícios residenciais nas regiões russas, forçando remoção de milhares de moradores. Putin ordena comissão especial.

As regiões russas dos montes Urais, do rio Volga e da Sibéria Ocidental estão enfrentando uma situação de emergência devido a enchentes de magnitude atípica que não eram vistas há décadas. Mais de 10 mil edifícios residenciais foram danificados, levando à retirada de milhares de moradores dessas áreas.

As fortes chuvas, associadas ao aumento da temperatura, ao degelo crescente e à quebra do gelo invernal nos rios, são apontadas como os principais motivos para o agravamento da situação. Autoridades locais afirmam que ainda não há registros de vítimas relacionadas a esse desastre natural.

Segundo o Ministério de Emergências da Rússia, mais de 10,4 mil imóveis residenciais estão atualmente inundados nessas regiões. Os governadores das regiões afetadas, juntamente com o ministro de Situações de Emergência, informaram ao presidente Vladimir Putin sobre a situação, levando à criação de uma comissão especial para lidar com a crise.

A cidade de Orsk, localizada na região de Orenburg e com uma população de 220 mil habitantes, foi uma das mais afetadas pelas enchentes. Imagens divulgadas pela imprensa russa mostram o centro da cidade e bairros completamente cobertos de água devido ao rompimento de uma barragem próximo ao rio Ural.

O prefeito de Orenburg destacou que essa é uma situação sem precedentes na região, que não via um nível de inundação tão elevado desde 1942. O prefeito alertou os moradores a esvaziarem as zonas inundadas, pois a situação tende a piorar nos próximos dias.

A Rússia, um país frequentemente afetado por eventos climáticos extremos, enfrenta mais um desafio relacionado às mudanças climáticas. Putin, embora não atribua esses eventos à atividade humana, reconhece a importância de adaptar o país e suas infraestruturas aos desafios do aquecimento global, considerando isso uma prioridade.

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