Nesse mesmo período, a população brasileira cresceu 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões, de acordo com informações do IBGE. O aumento no número de médicos foi oito vezes maior do que o da população em geral, com um crescimento médio de 5% ao ano na população médica em comparação com 1% ao ano na população em geral.
A expansão do ensino médico, principalmente nas últimas duas décadas, e a crescente demanda por serviços de saúde foram apontados pelo CFM como fatores impulsionadores desse crescimento. A abertura de novas escolas médicas também contribuiu significativamente para o aumento no contingente de médicos no país, com o Brasil possuindo atualmente 389 escolas médicas, o segundo maior número no mundo, atrás apenas da Índia.
Apesar do aumento no número de médicos, ainda existe uma desigualdade na distribuição desses profissionais pelo território nacional. As regiões Sul e Sudeste concentram a maioria dos médicos, enquanto o Norte e o Nordeste apresentam menor proporção de profissionais, o que dificulta o acesso da população a esses serviços.
Com uma média de idade de 44,6 anos, os médicos em atividade no Brasil enfrentam desafios como a necessidade de uma distribuição mais equitativa no país e a importância da atualização constante de conhecimentos. O CFM ressalta a necessidade de políticas que visem à fixação de médicos em regiões menos favorecidas e o fortalecimento da atenção primária à saúde como forma de garantir um serviço médico de qualidade para toda a população brasileira.