Após mais de duas horas de reunião, a embaixadora da Guiana, Carolyn Rodrigues-Birkett, afirmou que a maioria dos membros do Conselho apoia a integridade territorial. Segundo ela, o representante da Venezuela presente na reunião também se manifestou sobre o assunto, garantindo que seu país não tem intenções de invadir a Guiana. No entanto, a embaixadora expressou preocupação, afirmando que há uma lacuna entre as palavras e as ações do governo venezuelano.
A discussão foi motivada por uma lei promulgada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que considera o Essequibo como parte do território venezuelano. Para a Guiana, essa lei representa uma violação flagrante do direito internacional e uma tentativa de anexar parte de seu território soberano. As autoridades guianesas recorreram à Corte Internacional de Justiça em 2018 para ratificar um laudo de 1899 que estabeleceu as fronteiras atuais entre os dois países.
O Essequibo se tornou alvo de disputa em 2015, quando a empresa ExxonMobil descobriu grandes reservas de hidrocarbonetos na região. A questão se arrasta há anos e ainda não há previsão para uma sentença da CIJ. Por enquanto, os membros do Conselho de Segurança esperam emitir um comunicado com os principais pontos discutidos na reunião desta terça-feira. A comunidade internacional permanece atenta aos desdobramentos deste conflito territorial, que envolve interesses econômicos significativos e questões de soberania nacional.