Prefeito de São Paulo intervém em empresas de ônibus suspeitas de lavagem de dinheiro do tráfico; Justiça autorizou ação.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tomou uma decisão drástica de intervir nas empresas de ônibus Transwolff e UPBus após suspeitas de envolvimento com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A determinação foi resultado de uma ordem judicial que exigia a intervenção direta na Transwolff e concedia a opção de intervenção ou transferência das linhas para outra operadora no caso da UPBus.

A operação para cumprir essas determinações, denominada Fim da Linha, mobilizou 340 agentes, incluindo policiais, promotores, Receita Federal e membros do Cade, e resultou em 52 mandados de busca, sendo 4 de prisão em São Paulo. As empresas passarão a ser geridas por funcionários da SPTrans, juntamente com comitês compostos por servidores da Controladoria Geral do Município, da Procuradoria Geral do Município e da Secretaria da Fazenda.

O diretor de Planejamento de Transporte da SPTrans, Valdemar Gomes de Melo, assumirá a Transwolff, enquanto o interventor da UPBus será o diretor de Operações da empresa municipal, Wagner Chagas Alves. O prefeito Nunes garantiu que o serviço de transporte público não será interrompido, afirmando que os fornecedores e os funcionários serão mantidos, sem alterações para os passageiros.

A investigação sobre as empresas de ônibus apontou suspeitas de ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A Justiça determinou o afastamento de 15 acionistas da UPBus e seis da Transwolff, além de proibir a entrada de certos indivíduos nas empresas. A intervenção foi considerada essencial para cessar as atividades criminosas e evitar a mistura de dinheiro lícito da Prefeitura com dinheiro ilícito proveniente do PCC.

Com um histórico de transportar milhões de passageiros mensalmente em São Paulo, as empresas estarão sob nova gestão para garantir a continuidade dos serviços e evitar atividades ilícitas. A intervenção representa um esforço das autoridades municipais para combater a corrupção e garantir a segurança e eficiência do sistema de transporte público na cidade.

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