Essa decisão inicial, que estava prevista para janeiro deste ano, já havia sido adiada uma vez pelo Ministério de Relações Exteriores, sob a justificativa de que a implementação da exigência do visto poderia impactar negativamente o turismo em alta temporada, no início do ano.
A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) emitiu uma nota informando que está em contato com companhias aéreas, associações de operadoras e agências de turismo dos países afetados pela mudança. A instituição destacou a importância dessa decisão do governo para manter o crescimento no número de turistas estrangeiros provenientes desses mercados, especialmente dos Estados Unidos.
Segundo a Embratur, em 2023, os Estados Unidos foram o segundo maior emissor de turistas para o Brasil, representando 11,31% do total, com 668.478 visitantes. Além disso, nos dois primeiros meses deste ano, houve um aumento de 11% na chegada de norte-americanos ao Brasil em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Vale ressaltar que o Brasil eliminou a obrigatoriedade do visto para turistas norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses em 2019. Entretanto, nenhum desses países adotou a mesma medida de reciprocidade, mantendo a exigência de visto para os brasileiros. Somente no ano passado, o Japão firmou um acordo de isenção recíproca com o Brasil, que entrou em vigor em setembro e é válido para viagens de até 90 dias.
Essas mudanças podem impactar significativamente o fluxo de turistas estrangeiros no Brasil e é importante acompanhar de perto como essa nova regulamentação será recebida pelos visitantes internacionais.