Forças Armadas desmontam garimpo ilegal na Terra Yanomami em operação Catrimani II com prisões e destruição de helicóptero.

Na última terça-feira, equipes das Forças Armadas, do Ibama e da Polícia Federal deflagraram uma operação contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, nos estados do Amazonas e de Roraima. Esta foi a primeira ação desde o início da operação Catrimani II, em abril.

Durante a investida, um homem foi preso e um helicóptero foi destruído pelas autoridades. Além disso, cinco acampamentos utilizados pelos garimpeiros foram desarticulados, e diversos equipamentos como motores, geradores, bombas d’água, freezers e aparelhos de comunicação foram apreendidos.

As ações ocorreram em três locais da Terra Yanomami, com o objetivo de desarticular pontos centrais de garimpo ilegal, conforme informações divulgadas pelo Ministério da Defesa.

Mais de 130 militares participaram da operação, que contou com o apoio de 20 veículos, entre viaturas, aeronaves e embarcações.

Uma preocupação levantada pelo governo é a contaminação por mercúrio dos indígenas do povo Yanomami. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz identificou a presença do metal pesado em amostras de cabelo de aproximadamente 300 pessoas analisadas. Os maiores níveis de exposição foram encontrados em indígenas que vivem nas aldeias mais próximas aos garimpos ilegais de ouro.

Visando combater o garimpo ilegal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória que liberou R$ 1 bilhão em crédito extraordinário para ações contra essa prática e para o atendimento das comunidades afetadas.

A operação Catrimani II tem previsão de seguir até 31 de dezembro, mobilizando 800 militares na missão de desintrusão do garimpo ilegal no território indígena Yanomami e apoio às comunidades locais. A cooperação entre os órgãos de governo é destacada como fundamental para o sucesso das ações contra o garimpo ilegal.

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