Essa perseguição se tornou uma obsessão para muitas pessoas, incluindo Kim Goldman, que recordou o momento em um podcast de 2019. Ela descreveu a tensão que se instalou, com as pessoas assistindo apreensivas, sem respirar, na esperança de que Simpson fosse capturado e prestasse contas à Justiça. Cinco dias antes da perseguição, o irmão de Kim, Ron Goldman, tinha sido encontrado morto ao lado da ex-mulher de Simpson, Nicole Brown Simpson, em um caso que chocou os Estados Unidos.
Simpson acabou sendo acusado e absolvido em 1995 no que ficou conhecido como o “Julgamento do Século”. A absolvição foi recebida com incredulidade pela maioria dos americanos. Embora tenha sido considerado responsável pela morte das vítimas em um julgamento civil em 1997, as indenizações estabelecidas não foram totalmente pagas.
A perseguição de O.J. Simpson, que alegou inocência e negou estar fugindo durante o episódio, se tornou um marco na cultura americana. O fascínio por esse tipo de caso, segundo Geoffrey Alpert, da Universidade da Carolina do Sul, é algo enraizado na sociedade. A perseguição em si é tão marcante que o veículo envolvido, o Ford Bronco, está exposto em um museu do crime no Tennessee.
Esse episódio de perseguição de O.J. Simpson ficará para sempre na memória dos americanos como um dos momentos mais marcantes da televisão naquele país. Ele deixou um legado de polêmica, fascínio e, acima de tudo, um retrato da sociedade e da justiça americana.
