México pede suspensão do Equador da ONU após ataque à embaixada em Haia, causando rompimento de relações diplomáticas.

O governo mexicano está tomando medidas drásticas após o ataque à sua embaixada em Quito, no Equador. Nesta quinta-feira, 11, o México apresentou uma ação à Corte Internacional de Justiça (CIJ) solicitando a suspensão do Equador da ONU. Este ataque, que resultou no rompimento das relações diplomáticas entre os dois países, foi considerado uma violação grave dos princípios e normas do direito internacional.

A chanceler mexicana, Alicia Bárcena, declarou que o México exigia a suspensão do Equador até que um pedido público de desculpas fosse emitido pela nação equatoriana. Além disso, o governo mexicano pediu que o Equador fosse julgado e declarado responsável pelos danos causados ao México como resultado da invasão de sua embaixada pela polícia equatoriana.

Os acontecimentos que levaram a esta situação começaram com a tentativa de prender o ex-vice-presidente equatoriano, Jorge Glas, que estava asilado na embaixada mexicana desde dezembro e era acusado de corrupção. O México alegou que o Equador violou a Convenção de Viena ao invadir a embaixada e atacar o corpo diplomático.

Por sua vez, o governo equatoriano argumentou que o México violou a Convenção de Caracas ao conceder asilo a uma pessoa condenada por crimes comuns. No entanto, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ressaltou a importância de respeitar o direito internacional e garantir a inviolabilidade das embaixadas em todo o mundo.

O México busca solidariedade internacional e pede que outros países acompanhem a denúncia na CIJ. Apesar de a ação ser considerada ousada e o processo de julgamento ser demorado, o México enfatizou a relevância de fazer valer a lei e punir aqueles que desrespeitam as normas internacionais.

As repercussões deste incidente já estão sendo sentidas, com a adesão do Equador à Aliança do Pacífico ficando em um limbo devido à suspensão das negociações de um tratado de livre-comércio com o México. Com eleições presidenciais próximas nos dois países, o desfecho dessa questão permanece incerto.

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