Revogadas prisões de suspeitos de colaborarem na fuga de detentos da Penitenciária Federal em Mossoró

A 8ª Vara da Justiça Federal em Mossoró (RN) tomou uma decisão significativa nesta quarta-feira (10) ao revogar as prisões preventivas de cinco suspeitos envolvidos na fuga de dois detentos da Penitenciária Federal em Mossoró, no mês de fevereiro. A ação do juiz responsável pela revogação das prisões, bem como os nomes dos detentos beneficiados pela decisão, ainda não foram divulgados devido ao sigilo do processo.

Além da revogação das prisões, o magistrado também anulou os efeitos de dois mandados de prisão que ainda não haviam sido cumpridos, tendo em vista que os alvos já eram considerados foragidos. Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça conseguiram escapar da penitenciária de segurança máxima utilizando ferramentas encontradas dentro do presídio, que estava passando por uma reforma interna no momento da fuga.

Este episódio de fuga é o primeiro registrado no sistema penitenciário federal desde a sua criação em 2006. O objetivo deste sistema é isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade, visando garantir a segurança e ordem dentro das unidades prisionais.

Após ficarem 50 dias em fuga, Nascimento e Mendonça foram capturados recentemente em Marabá, a aproximadamente 1,6 mil quilômetros de distância da penitenciária federal. O desfecho da busca contou com a participação de mais de 500 agentes de forças de segurança federais e estaduais, resultando na prisão de 14 pessoas, incluindo os fugitivos e os criminosos que estavam acompanhando-os no momento da detenção.

Essa reviravolta no caso da fuga dos detentos em Mossoró levanta questões sobre a segurança nas penitenciárias federais, assim como a eficácia das medidas tomadas para evitar episódios semelhantes no futuro. O desfecho desse caso específico demonstra a importância da atuação conjunta das forças de segurança para garantir a captura e punição de indivíduos envolvidos em crimes tão graves como a fuga de presos de alta periculosidade.

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