O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,12, registrando uma alta de R$ 0,031 (+0,61%). A cotação iniciou o dia acima de R$ 5,10 e continuou a subir durante toda a sessão, chegando a tocar R$ 5,15 em seu pico máximo, o maior valor desde outubro do ano passado. Apenas nesta semana, a moeda norte-americana registrou um aumento de 1,1%, acumulando altas de 2,11% no mês de abril e de 5,43% no ano de 2024.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou em 125.946 pontos, com uma queda de 1,14%, atingindo o menor nível desde dezembro do ano passado.
A reação dos mercados financeiros globais aos dados de inflação nos Estados Unidos, divulgados ao longo da semana, foi uma das principais razões para a instabilidade. A inflação ao produtor em março ficou abaixo das expectativas, mas a inflação ao consumidor superou as previsões, o que praticamente descartou a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) iniciar um processo de redução das taxas de juros em junho. Isso impactou a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para investimentos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Além disso, as tensões no Oriente Médio, em especial a possibilidade de retaliação do Irã ao ataque de Israel à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, contribuíram para o clima de incerteza nos mercados financeiros globais. A expectativa de um possível escalonamento do conflito na região da Faixa de Gaza também gerou preocupações entre os investidores.
Diante desse cenário de instabilidade e incerteza nos mercados, os investidores seguem atentos às movimentações e aguardam por novos desdobramentos. A volatilidade deve continuar ditando o ritmo das negociações nos próximos dias.