Uma das principais mudanças é o novo método de diagnóstico da pressão alta, que agora leva em consideração as medições feitas pelo paciente em casa, através do uso de aparelhos. De acordo com o cardiologista Audes Feitosa, coordenador-geral das novas diretrizes, essa mudança se deve à influência de fatores como estresse e ansiedade nas medições feitas no consultório, tornando-as menos confiáveis.
Os equipamentos recomendados para essa medição são aqueles que seguem as técnicas de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) ou de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Enquanto o MAPA monitora a pressão a cada 20 minutos durante 24 horas, o MRPA faz medições de manhã e à noite, em repouso, ao longo de cinco dias.
Feitosa ressalta a importância de escolher aparelhos que meçam a pressão pelo braço e não pelo punho, destacando que esses dispositivos podem ser adquiridos em farmácias por um valor que varia entre R$ 100 e R$ 200.
As novas diretrizes também fornecem orientações detalhadas sobre como realizar as medições, tanto com o MRPA quanto com o MAPA, visando garantir a precisão dos resultados. Além disso, elas reiteram a importância do acompanhamento médico regular para pacientes com hipertensão, destacando que as medições em farmácias e eventos públicos podem ser indicativos para buscar orientação profissional.
Em relação aos valores que classificam a pressão arterial, as diretrizes mantêm as mesmas regras, com valores que variam de ótima a hipertensão estágio 3.
Portanto, as novas diretrizes da SBC representam um avanço significativo no diagnóstico e acompanhamento da hipertensão arterial, permitindo uma abordagem mais abrangente e precisa sobre essa condição de saúde tão prevalente na sociedade atual.
