Na quinta-feira, trabalhadores da usina de Khmelnytskyi realizaram um ato simbólico despejando o primeiro metro cúbico de concreto para os reatores, onde bandeiras ucranianas e americanas tremulavam ao vento. Este gesto foi realizado com o intuito de buscar maior independência da tecnologia nuclear russa.
Diversas autoridades estiveram presentes na cerimônia, incluindo o presidente da operadora ucraniana Energoatom, o ministro da Energia e a embaixadora americana na Ucrânia. Este é um dos maiores projetos de modernização da Ucrânia desde a Segunda Guerra Mundial.
A construção destes novos reatores é uma resposta aos terroristas e invasores, afirma o ministro da Energia. O país busca estabilidade e um futuro melhor, especialmente diante do ataque russo que destruiu outra usina próxima a Kiev.
A Ucrânia é tradicionalmente dependente da energia nuclear, obtendo quase metade de sua energia dessa fonte. Os reatores que estão sendo construídos utilizarão a tecnologia do reator AP1000 da empresa americana Westinghouse e terão capacidade de mais de 1.100 megawatts cada.
Esta iniciativa faz com que a usina de Khmelnytskyi se torne a maior usina de energia da Europa, ultrapassando Zaporizhzhia. No entanto, não há previsão para a entrada em operação dos reatores.
A segurança é uma preocupação constante na região, que mesmo sendo relativamente segura, sofre regularmente com ataques russos, uma vez que abriga uma importante base aérea. A iniciativa de construção desses reatores visa tornar a Ucrânia mais autossuficiente e menos vulnerável aos ataques energéticos vindos da Rússia.