Composta por 36 laboratórios de 21 países especializados em vigilância de coronavírus em humanos, animais e ambiente, a CoViNet tem como objetivo principal antecipar-se a potenciais novas pandemias. Segundo a chefe do Laboratório, Marilda Siqueira, a rede foi desenvolvida para fornecer suporte não apenas aos países de origem, mas globalmente, enfatizando a necessidade de se preparar para eventuais crises de saúde pública.
O Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais já participava de grupos de referência, tornando-se uma referência para o vírus influenza, da gripe, desde 1951, e sendo convidado em 2020 para o grupo voltado para o SARS-CoV-2, o vírus causador da covid-19. A entrada na CoViNet em 2023 reitera a importância do laboratório no cenário internacional para o monitoramento e identificação de novas cepas de coronavírus.
O trabalho da CoViNet envolve o monitoramento constante não apenas do SARS-CoV-2, mas de outros coronavírus em humanos e animais, visando identificar mutações que possam representar riscos à saúde pública. A rede está atenta às mudanças na natureza que podem favorecer a disseminação de novos vírus, agindo de forma colaborativa para trocar informações e antecipar-se a potenciais ameaças.
A pandemia de covid-19 evidenciou a importância da preparação e prontidão para enfrentar crises de saúde global, com destaque para a detecção precoce de novas pandemias. O Brasil revisa seus manuais e guias, baseados em lições aprendidas com a pandemia, visando aprimorar sua capacidade de resposta a futuras emergências de saúde pública.
A participação do Brasil na CoViNet garantirá que as políticas de saúde global estejam embasadas em informações científicas atualizadas e precisas, contribuindo para a proteção da saúde pública em nível nacional e internacional. A cooperação entre os laboratórios participantes visa fortalecer a rede global de vigilância de coronavírus e melhorar a preparação para potenciais ameaças à saúde global.