A audiência, marcada para quarta-feira, contará com o testemunho do engenheiro da Boeing Sam Salehpour, que recentemente denunciou publicamente a empresa por práticas de segurança deficientes e alegou retaliação por falar sobre o assunto. Esse evento ocorre em meio ao intenso escrutínio sobre a Boeing após um pouso de emergência de um voo da Alaska Airlines, que teve uma explosão em um painel da fuselagem de um 737 MAX.
As alegações de Salehpour incluem espaços entre peças acima dos padrões da empresa no 787 Dreamliner, que poderiam levar a acidentes catastróficos. No entanto, o chefe de Engenharia Mecânica e Estrutural da Boeing, Steve Chisholm, afirmou que nenhum problema de fadiga foi encontrado nos testes realizados. Ele explicou que os materiais compostos do 787 foram escolhidos especificamente por sua durabilidade em comparação com os metais tradicionais.
Apesar de alguns espaços entre peças excederem o padrão estabelecido pela empresa, Chisholm enfatizou que a estrutura pode suportar o peso necessário. Segundo ele, a diferença é mínima e não representa um risco significativo. A Boeing afirmou que a grande maioria dos espaços entre peças atende aos padrões exigidos, o que reforça a segurança e confiabilidade de suas aeronaves.
Essa audiência no Congresso dos Estados Unidos promete trazer à tona um debate importante sobre a segurança na aviação e o papel das empresas fabricantes de aeronaves em garantir a integridade dos seus produtos. A Boeing busca demonstrar transparência e confiança em suas práticas, enquanto enfrenta críticas e desafios iminentes.
