Após a inabilitação de María Corina Machado, que era a favorita nas pesquisas, a aliança opositora Plataforma Unitaria se viu obrigada a apresentar um nome provisório de última hora, após a segunda opção, Corina Yoris, também ser bloqueada. Enquanto isso, o governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, que já foi rival do falecido presidente Hugo Chávez, decidiu se candidatar por conta própria por um dos partidos da aliança, o que gerou controvérsias e foi considerado uma traição por alguns líderes.
Neste momento, os partidos exigem negociações urgentes entre María Corina Machado e Manuel Rosales para chegar a um consenso e definir um candidato único. Enquanto isso, uma guerra de comunicados toma conta das redes sociais, colocando em evidência as divisões internas da oposição venezuelana.
María Corina Machado, que venceu as primárias da coalizão opositora no ano passado, recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça em uma tentativa de revisar a sua inabilitação, mas a sanção foi mantida. Diante disso, ela apelou por um prazo adicional para a substituição de candidaturas, insistindo em Corina Yoris, porém as mudanças não poderiam ser refletidas nas cédulas eleitorais, o que poderia confundir os eleitores.
Com a proximidade do prazo final e a necessidade urgente de uma definição, a oposição venezuelana enfrenta desafios e divisões internas que podem impactar diretamente o resultado das próximas eleições. A incerteza paira sobre o cenário político do país, enquanto os opositores correm contra o tempo em busca de uma estratégia unificada para enfrentar Nicolás Maduro nas urnas em julho.
