Esse leilão, que será realizado em lote único, abrange um total de 14,7 milhões de ações, sendo que 14,4 milhões pertencem ao governo e 350 mil são da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Para vencer, o lance mínimo estabelecido é de R$ 776,89 milhões, levando em consideração que cada ação está sendo vendida por R$ 52,85.
Durante a sessão do leilão, será permitida a realização de lances por viva-voz, caso alguma proposta fique até 20% abaixo da melhor oferta apresentada. Além disso, os interessados devem apresentar garantias financeiras equivalentes a 1% do valor total estipulado para a alienação das ações.
A Emae é responsável pela operação de um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica localizado em regiões estratégicas do estado de São Paulo, como a Região Metropolitana, Baixada Santista e Médio Tietê. A empresa conta atualmente com 361 funcionários, número que tem sido impactado por um programa de desligamento incentivado.
A privatização da Emae faz parte de um conjunto de empresas selecionadas para passar por esse processo no estado de São Paulo. O leilão da empresa vem em um momento em que a Câmara Municipal de São Paulo está promovendo audiências para debater a venda da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), uma empresa que atende 27 milhões de pessoas em 375 municípios paulistas.
A privatização da Sabesp tem gerado debates acalorados, com movimentos sociais e partes interessadas se opondo à transferência do controle da empresa. Há preocupações expressas em relação ao impacto da privatização nos preços dos serviços e na qualidade do atendimento à população. O governador Tarcísio de Freitas defende que a privatização é necessária para atrair investimentos e acelerar o cumprimento das metas de universalização dos serviços de água e esgoto até 2033, sem aumento nos preços para os consumidores.