Em uma série de entrevistas realizadas pela Agência Brasil em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, Daniel Munduruku reflete sobre a concepção de tempo dos indígenas, que é circular e difere da visão linear ocidental. Ele ressalta a importância de focar no presente e no passado para construir um futuro mais sustentável, evitando alienar as pessoas em direção a um egoísmo prejudicial.
Formado em Filosofia e doutor em Educação, Daniel Munduruku é reconhecido como um dos grandes divulgadores da cultura indígena, principalmente através de suas obras direcionadas ao público jovem. A premiação de um Jabuti em sua trajetória literária evidencia sua relevância no cenário nacional.
Ao ser questionado sobre as possibilidades de futuro para os povos indígenas, Daniel mostra um olhar crítico e preocupado. Ele ressalta os desafios enfrentados pelos indígenas em meio à cobiça por seus territórios e à crescente pressão da sociedade. Apesar de destacar a importância da presença indígena em diferentes áreas, Daniel alerta para a necessidade de não se iludir com essas conquistas e a importância de permanecer fiel aos valores e tradições ancestrais.
Por meio de sua literatura, Daniel Munduruku busca sensibilizar os adultos através do choro das crianças, transmitindo mensagens de esperança e conscientização. Sua obra reflete uma mistura entre utopia e realidade, buscando impactar o público de forma profunda e transformadora.
No contexto atual, com a luta contínua dos povos indígenas por seus direitos e territórios, Daniel Munduruku se destaca como uma voz ativa e impactante, capaz de provocar reflexões e despertar consciências em relação às questões indígenas no Brasil e no mundo.
