Nove corpos foram encontrados a bordo da embarcação, mas estima-se que pelo menos 25 pessoas estavam presentes no barco. Construído artesanalmente, sem leme, motor ou sistema de direção, o barco partiu, segundo indícios, da Mauritânia, na África, mas acabou pegando uma corrente marítima com destino ao Brasil.
Os corpos encontrados foram identificados como migrantes africanos da Mauritânia e Mali, e é possível que haja outras nacionalidades entre as vítimas. Essa não foi a primeira ocorrência desse tipo, com registros anteriores de corpos de migrantes em decomposição sendo encontrados em embarcações na região.
A Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações no Brasil lamentou as mortes e destacou a necessidade de ações que promovam rotas seguras e regulares para migração. O relatório da OIM aponta um número alarmante de mortes de migrantes ao longo de suas trajetórias, a maioria relacionada a afogamentos.
Para reforçar a importância de uma abordagem integrada entre os países, o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados destacou a gravidade da situação e a necessidade de apoio às pessoas deslocadas forçadamente. O Brasil reconheceu a violação de direitos humanos em países como o Mali e o Burkina Faso, facilitando processos de refúgio para seus cidadãos.
Essa trágica descoberta no litoral paraense levanta diversas questões sobre as rotas migratórias perigosas que muitos indivíduos são forçados a enfrentar em busca de uma vida digna. O Brasil, juntamente com organizações internacionais, precisa intensificar esforços para garantir a segurança e proteção dos migrantes, evitando mais tragédias como essa.