Senado aprova requerimento para análise de projeto que permite garimpo em áreas de pesquisa mineral pela Comissão de Meio Ambiente

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) um requerimento para que a Comissão de Meio Ambiente (CMA) analise o projeto de lei que permite a realização de garimpo em áreas destinadas à pesquisa para extração de minerais. O projeto de lei, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), foi inicialmente distribuído à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), que realizou uma audiência pública em março para discutir a proposição.

O requerimento para a análise do projeto pela CMA foi apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), que ressaltou a importância de se discutir a viabilidade técnica e econômica do aproveitamento mineral em áreas destinadas à pesquisa. Após a análise da CMA, o texto retornará à CI para votação em decisão terminativa, podendo seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para apreciação pelo Plenário.

De acordo com o projeto de lei em questão, a permissão para a lavra garimpeira de determinado minério em áreas já “oneradas” por autorização para pesquisa de outro mineral será autorizada por até cinco anos, podendo ser prorrogada por igual período. No entanto, a área destinada ao garimpo não poderá abranger mais do que 25% da área onerada por autorização de pesquisa, e o titular da autorização de pesquisa terá o direito de contestar a permissão de lavra garimpeira.

O senador Contarato destacou a importância de discutir o projeto na CMA, considerando o escopo e a relevância do tema. Em outubro de 2023, o relator do projeto na CI, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), apresentou um voto favorável à proposição, que posteriormente foi retirada de pauta para reexame.

Com a aprovação do requerimento para análise do projeto pela CMA, o Senado dá mais um passo na discussão sobre a regulamentação do garimpo em áreas de pesquisa mineral, buscando conciliar interesses econômicos e ambientais. O debate promete ser acalorado, com diferentes setores defendendo suas posições sobre o tema controverso. A decisão final caberá aos senadores e deputados, que terão que ponderar os impactos e benefícios da proposta antes de sua aprovação final.

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