Comissão de Relações Exteriores convoca líder da oposição venezuelana para discutir restrições eleitorais em audiência pública.

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (18), a realização de uma audiência pública com a presença de María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela. O requerimento para a realização do encontro foi apresentado pelos senadores Esperidião Amin, Hamilton Mourão e Sergio Moro.

A data específica da reunião ainda não foi definida, mas os senadores responsáveis pelo requerimento têm como objetivo ouvir María Corina Machado a respeito dos motivos que levaram à sua inabilitação para concorrer nas eleições presidenciais da Venezuela, agendadas para 28 de julho. A ex-deputada foi impedida pela Suprema Corte do país em janeiro deste ano, enquanto sua aliada, Corina Yoris, enfrentou dificuldades para registrar sua candidatura em março.

Os senadores justificaram a necessidade da audiência pública com base nas denúncias de abusos de direitos humanos, repressão política e questionamentos sobre a independência do Judiciário e do processo eleitoral na Venezuela. O presidente Luiz Inácio da Silva classificou como “grave” a impossibilidade de registro da candidatura de Corina Yoris, e o Itamaraty emitiu nota expressando preocupação com a situação.

Além da audiência com María Corina Machado, a CRE também aprovou um segundo requerimento de audiência pública proposto pelo senador Hamilton Mourão. O parlamentar deseja discutir a possível fusão entre a empresa brasileira Avibras Indústria Aeroespacial e a australiana Defendtex. Para a reunião, Mourão sugere a participação do presidente da Avibras e do secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa.

Essa movimentação da CRE reflete a preocupação do Senado Federal brasileiro com a situação política e econômica da Venezuela, bem como com os interesses comerciais e estratégicos do Brasil no setor de Defesa. A realização das audiências públicas é um passo importante para ampliar o debate sobre essas questões e buscar soluções que contribuam para a estabilidade e o respeito aos direitos humanos na região.

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